sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sobre o Sincretismo


Martírio de Santa Bárbara (Lucas Cranach) ----------Iansã




“Ê Santa Bárbara virgem dos cabelos louros! Ela vem descendo com sua espada de ouro!”



É comum acreditar-se em santos. Independente da religião, não há brasileiro que não conheça alguns nomes de santos e os seus atributos.
Conta-se que Santa Bárbara foi uma jovem turca e que seu pai, fanático pagão, a teria trancado em uma torre a fim de poupar a filha da “sociedade ruim” e arranjar para ela um bom marido. Ao sentir-se, tempos depois, desconcertado diante da cidade que o julgava pelo que havia feito, o pai deixou a moça sair. Em um passeio, Santa Bárbara conheceu cristãos que lhe falaram sobre sua fé, Santa Bárbara encontrou ali, algo no que ela realmente identificou ser crente, foi, então, batizada como cristã. Depois de uma viagem que seu pai havia feito, este encontrou a torre com uma janela a mais, antes duas, agora três, perguntou a filha o porquê daquilo e ela disse que era uma referência à trindade santa: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. O pai, enfurecido com a religião da filha que, “traía” a sua fé, denunciou-a as autoridades que a prenderam e torturaram, esperando que assim ela mudasse sua crença, o que não aconteceu.
Em praça pública, Santa Bárbara foi torturada, teve os seios cortados e depois foi degolada. Dizem que o próprio pai foi quem a executou.
Os santos católicos são sem dúvida, uma extensão ao que se dizia divinal, primeiramente. O Santo, na hierarquia católica, não é o filho de Deus, nem pode ser comparado a Jesus, é um homem, com “modos e ações de santo”, é um herói, que apesar da sua vida de sofrimento, consegue, pela fé, fazer bem às pessoas. Depois de reconhecida a sua história e o poder da sua fé, o santo passa a ser um homem divino, não deixa de ser homem, mas é próximo de Deus, mais próximo que os homens comuns. No candomblé ou na umbanda, os orixás, ou santos, “são e, não são, humanos”. Assim como os santos católicos, todos possuem histórias que misturam o real com o místico, algumas, o catolicismo poderia, até, explicar como milagres. Suas histórias se parecem com as histórias dos homens, não são livres de maldade, brigas, roubos, etc. Tudo isso faz parte de suas vidas e os seus poderes estão sempre voltados a essas histórias. Fazem o bem, porém seus filhos sabem que há obrigações e castigos vindos dos deuses. Não tem denominação única: Santos, deuses, orixás e, desde que o Brasil trouxe seus escravos da África é que se fala em estarem em uma coisa só, o que gerou e ainda gera polemica.

Oxóssi ---------- São Sebastião ----------São Sebastião----------Oxóssi



São Jorge ----------Ogum----------São Jorge----------Ogum----------São




Obaluaiê ----------São Lázaro----------São Obaluaiê----------Lázaro



Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus
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Hoje chamado de Sincretismo Religioso, denomina algo que não se pode explicar ao certo, até onde vai uma história e começa-se outra, até onde os “feitos” são humanos, quando é que eles “se tornam” divinos e, principalmente:

NO QUE ACREDITAR?

NO QUÊ NÃO ACREDITAR?

POR QUE?



Fonte: Pesquisas enviadas pelos atores da montagem






Luan Valero

3 comentários:

  1. Gente, ali do lado da imagem de São Jorge, o orixá em frente ao cavalo branco não é Ogum, é Oxalá, mais especificamente Oxaguiã (Oxalá quando moço)! Ogum é esse daqui http://orixas.sites.uol.com.br/martinez/g19n2.jpg :)

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  2. Obrigado Nalu,
    Aconteceu um erro realmente, que bom que você percebeu!
    Muito bem, estou mudando a imagem para uma de Ogum...

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  3. Pessoal...
    A Fernanda me emprestou o filme Besouro, sobre capoeira, mas lá fala muito dos orixás...dá pra entender perfeitamente... Alem de tudo é muito bom o filme... Assistam... eu garanto..rsrs

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